Estudo concluiu que donos de cães tinham 24% menos chances de ter uma morte prematura
Os amantes de doguinhos já sabem que ter um amigo peludo melhora e muito nossos dias. Mas dois estudos recentes indicam que estar na companhia dos cães pode realmente ajudar a estender nosso tempo de vida.
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O site especializado em notícias sobre saúde, HealthDay, destacou pesquisas da Suécia e do Canadá publicadas em outubro, que detalham aspectos da saúde de pessoas que convivem, versus quem não convive com cachorros.
O estudo canadense, que tem entre os autores a doutora Caroline Kramer da Universidade de Toronto, concluiu que donos de cães tinham 24% menos chances de ter uma morte prematura – particularmente quando esta é causada por doenças cardíacas ou derrame.
Pessoas com problemas cardíacos pré-existentes viram seu risco de morte por infarto reduzido em 65% após adotar ou comprar um cão. A dra. Kramer detalhou que aqueles que já haviam tido um ou mais infartos antes de ganharem um cachorro tinham uma redução ainda maior.
Os resultados são reforçados por outra pesquisa, conduzida na sueca Universidade de Upsália.
Nela, o doutor Mwenya Mubanga e sua equipe analisaram o banco de dados nacional para obter informações de pessoas, entre 40 e 85 anos, que sofreram um infarto ou derrame entre 2001 e 2012.
Das 181 mil vítimas de ataque cardíaco, 6% eram donos de cães, e apenas 5% dos 155 mil que sofreram derrame possuíam cachorros. Ainda, todos os donos de cães tinham um risco reduzido de morte em comparação aos que não conviviam com cachorros.
O risco era ainda menor para quem vivia sozinho, apenas com seu cão, em comparação àqueles que moravam com outras pessoas.
Os resultados foram analisados pelo diretor do Centro Smith de Pesquisas em Cardiologia, localizado na cidade norte-americana de Boston. Em entrevista ao HealthDay, ele introduz sua hipótese: “isto pode ser causado em maior parte pelos efeitos de ter um cachorro para sua saúde mental”.
Para ele, ter um cão em casa diminui a solidão – sentimento que já foi indicado como fator prejudicial para a saúde cardíaca. O fato de que pessoas que moram sozinhas tem uma redução ainda maior nos riscos de infarto ou derrame corrobora a teoria de que é a companhia proporcionada pelo cãozinho que proporciona tais benefícios.
No entanto, há também fatores relacionados à saúde física. A dra. Kramer, autora do primeiro estudo, conta que ter um cachorro aumenta seu tempo de atividade física. Ela comprovou isso após adotar Romeo, um schnauzer miniatura. “Enquanto trabalhava na pesquisa, já estava com Romeo há um ano e notei que estava andando muito mais”, contou.
Outros estudos, mencionados pela equipe de Kramer em sua publicação, indicaram que donos de cães tendem a apresentar uma pressão sanguínea mais baixa, níveis mais saudáveis de colesterol e menor stress.
A pesquisadora ainda lembra que um estudo anterior descobriu que “fazer carinho em um cachorro pode reduzir a pressão sanguínea tanto quanto medicamentos para hipertensão”.